Todos nós já aprendemos ou escutamos um dia a frase "tudo que é demais enjoa" ou "a diferença entre o remédio que cura e o veneno que mata é a dose". Por outro lado, é fato também que o que é de menos é insosso, fica de lado, passa e ninguém se quer nota. Pois bem, aprendemos também que o equilíbrio é na maioria das vezes o ponto ideal.
OK, não podemos ignorar a máxima que diz "situações extremas, atitudes extremas". O problema é ter o discernimento de identificar o momento de apertar o botão, porque situações como estas são indiscutivelmente exceção à regra. A normalidade se estabelece em torno de situações diárias em que o exercício do equilíbrio é o que há de mais sensato. A teoria dos extremos apresenta uma régua onde as extremidades convergem para o centro com valores decrescentes. O grau 1 é o ponto de equilíbrio e o valor desejado. A aplicação dessa teoria pode ser de extrema ajuda para a nossa evolução como profissionais e como seres humanos. Devemos fazer uma reflexão sobre nossa crenças, valores, personalidade e atitudes padrão buscando evidências em nossos resultados para nos posicionarmos na régua dos extremos. Existe uma afirmação que diz: "pessoas que não mudam nunca". Verdade, mas não mudam porque não querem ou não possuem estrutura emocional para passar pelas fases da mudança de grau em evolução ao equilíbrio. Preferem conviver com as perdas que os extremos proporcionam culpando, na maioria das vezes, os outros, a falta de sorte ou a fatalidade. Todos temos recursos para promover mudanças e evoluir basta ter coragem para enfrentar o desconforto. Vamos supor que de um lado esteja a constatação de que "sou tímido demais" ou "sou distraído demais" ou "sou mesmo agressivo demais", todas essas situações extremas provocam, sem sombra de dúvidas, perdas com o tempo. Ao passo que evidências como: "tenho muito pouca disposição para correr riscos" ou "me entrego muito pouco às coisas que tenho que fazer" ou mesmo "tenho um perfil muito pouco agressivo para o empreendedorismo", também trazem prejuízos. O processo então é focar no problema e perguntar a si mesmo: eu realmente quero fazer alguma coisa a respeito? Se a resposta for afirmativa, buscar os caminhos e recursos necessários para promover a mudança mas, com a certeza de que o processo é doloroso.
Processo da mudança comportamental começa com a PERDA que provoca a CONSCIENTIZAÇÃO da necessidade da mudança que gera o TRABALHO ou ação que resulta em um DESCONFORTO momentâneo que se reverterá em GANHO. O mais legal é que este processo é contínuo porque logo a diante percebemos a necessidade de evoluir mais um degrau e assim por diante.
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