EDUCAÇÃO - Contribuição do Professor Guilherme Borges Pacheco

Sobre os alunos brasileiros de baixa renda que ingressaram em Universidades Americanas:

São casos inspiradores, de perseverança e esforço, é verdade. Mas ao mesmo tempo que esses estudantes não tinham grande renda familiar, conseguiram algumas condições objetivas (e simbólicas) que os habilitaram à candidatura às universidades americanas. Essas condições são rarefeitas à maioria dos estudantes da camada popular e da chamada nova classe média. Dois desses meninos provavelmente já tinham o valor da educação internalizado desde o seu lar, pois eram filhos de professores. Ainda que isso não seja suficiente, tem peso, cria uma moral para o estudo. Outro fator importante é que eles tiveram acesso (pelos seus méritos, claro) a escolas militares de alta qualidade. Além das condições de estudo privilegiadas dentro dessas instituições, são reforçados ali os valores do trabalho e do estudo. Por fim, embora não seja possível comprovar uma capacidade inata diferenciada somente pela leitura da reportagem (coisas que se vê facilmente em artistas ou atletas, que também vão para o exterior), é possível que esses jovens sejam realmente diferenciados intelectualmente. É uma hipótese que não deve ser descartada. O que pretendo demonstrar com isso? Pretendo demonstrar que existe um ciclo virtuoso de vontade e de condições - objetivas e subjetivas, que influenciam enormemente no resultado educacional. Não acredito que apenas um desses fatores seja suficiente por si só. Saudações!

Andando um pouquinho mais. A tese central do Blog do Laudio é que a educação promove o indivíduo e garante (esse é o termo certo) o desenvolvimento social. Parabenizo o meu velho amigo Laudio pela iniciativa em em evidenciar esta posição, ressaltando as experiências de sucesso que nos servem de balizamento, mas sem deixar de fazer as críticas necessárias para o aperfeiçoamento da educação. SDs.