TUDO É UMA QUESTÃO DE MANTER: A MENTE QUIETA, A ESPINHA ERETA E O CORAÇÃO TRANQUILO.

Nunca antes na história desse pais o poderoso mantra criado no final dos anos 70 por Walter Franco foi tão necessário. A canção tem em sua letra a repetição da afirmativa – “Tudo é questão de manter: a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo”.

Motivos não faltam para que fiquemos em um estado oposto ao que propõe a letra da melodia de grande sucesso na época. Se de um lado temos a aflição e a urgência de quem está desempregado em meio a um escasso mercado de ofertas, do outro vemos o temor e a sobrecarga daqueles que estão empregados.  O governo vem fazendo um esforço brutal para convencer a população de que as coisas estão melhorando, e realmente estão segundo dados mais recentes, porém, “quem tem fome tem pressa” e parece que a retomada da prosperidade no lado da oferta de mão de obra, ainda demora. O ciclo decisório de retomada do investimento tem seu ritmo próprio até virar uma nova onda de crescimento de carteiras assinadas.

Ao mesmo tempo, a visível constatação do marasmo nos negócios das empresas para as quais as pessoas que ainda preservam seus postos de trabalho têm, atrelado a sobrecarga de tarefas causada pelo corte compulsório de pessoal, faz com que o nível de estresse se mantenha acima do limite produtivo.

De uma forma ou de outra, a consequência é um estado muito prejudicial ao essencial equilíbrio mental o qual possibilita uma clareza capaz de nos conduzir a uma abertura criativa de alternativas para superar as turbulências.  Quando nos deixamos afetar pelo assédio emocional que os estímulos externos nos causam, bloqueamos uma parte importante do poder de navegar e experimentar caminhos inusitados. Ficamos angustiados e amarrados ao sentimento da perda que aquela nova situação nos impõem.  Se antes havia um emprego que me dava o sustento, hoje não há. Se antes havia uma condição mais favorável de trabalho, desapareceu. A constatação e a apropriação desta nova condição é um processo doloroso mas muito necessário. O poder de esquecer, transpirar, desencravar aquilo que existia antes de dentro de nós aceitando, sem o conformismo apático, a nova realidade nos trará uma vibração positiva fazendo com que passemos a enxergar tudo que está acontecendo como um desafio motivador. Muito mais fácil falar do que fazer, não é? Sim, ninguém está minimizando o tamanho do desafio, mas aqui vão algumas dicas para ajudar:

1. Encare a situação atual como passageira. Temos a tendência inconsciente de projetar nosso futuro em cima daquilo que estamos vivendo no presente. Use a constatação de que houveram outros momentos difíceis e que foram superados.

2. Escreva uma resenha de uma ou duas páginas sobre você. Faça isso como se estivesse contando uma história falando de uma outra pessoa.

3. Encontre peças de relevância em sua narrativa, identifique valores, marque seus interesses e liste suas maiores habilidades.

4. Faça uma reflexão sobre o que realmente você é grato. Deixe o sentimento de gratidão e de empatia invadir sua mente. Aproveite a sensação que isso lhe proporcionará.

5. Em cima dessa onda de otimismo que o exercício anterior trouxe, comece a pensar em alternativas, possibilidades sem preconceitos, sem censuras. Faça uma tormenta de ideias. Tenha muitas ideias. Acolha as ideias loucas, elas servem de ponte para aquelas mais criativas.

6. Selecione aquelas poucas ideias que você julga mais efetivas e quer pôr em prática. Teste, experimente, converse a respeito com pessoas de sua confiança e faça um plano de ação.

7. Finalmente ponha em prática. Um empreendimento, uma atividade autônoma, um trabalho temporário, uma nova forma de fazer as coisas, enfim, reinvente-se.

Busque aquela motivação no fundo da reserva técnica. Levante com energia e disposição, acredite em você que os bons ventos soprarão a seu favor. 

E não esqueça nunca “TUDO É QUESTÃO DE MANTER: A MENTE QUIETA, A ESPINHA ERETE E O CORAÇÃO TRANQUILO”.

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