1.
HUMANOTECNOLOGIA II: A SOBREVIVÊNCIA
Dando continuidade e
aprofundando um pouco mais as questões e inferências do artigo anterior
intitulado “A Humanotecnologia”, venho com este novo texto trazer uma
contribuição mais detalhada e consubstanciada sobre as chances humanas de
fortalecer-se diante de tal avanço tecnológico. Em resumo, o texto anterior prega
a inutilidade da resistência e negação dos impactos que a tecnologia,
encapsulada pelo rótulo de “Quarta Revolução Industrial”, vem diariamente, impondo de forma exponencial às pessoas. Ao mesmo tempo, a proposta anterior trazia como
pilar central a necessidade premente da conciliação do que o senso comum
estabelece justamente como uma dicotomia – razão
(cérebro) X emoção (coração).
Emoção, elemento
particular atribuído aos humanos, ao contrário de pôr-se como uma ameaça ao
sucesso pessoal, pode e deve ser domada e usada como poderoso elemento a favor
da humanidade, e não ao contrário. A ferramenta científica pontuada naquele
artigo via a inteligência emocional como
possível para essa jornada. Seria então a batalha final entre as inteligências:
emocional x artificial. No atual
artigo, que tem como subtítulo “A
Sobrevivência”, farei um mergulho no entendimento do desafio, nas chances
humanas e como os humanos podem equipar-se e fortalecer-se para a batalha que
se anuncia. Vamos lá então:
2.
A AMEAÇA
2.1
Homem pelo homem
“O mundo está ficando
desumanizado”, afirma o filósofo Luiz Felipe Pondé em seu best seller “Filosofia Para Corajosos”, e é preciso muita coragem
para admitir, mas como todos sabemos, o primeiro passo para a cura é reconhecer
a doença. Vejam, ainda não estou falando de artefatos ou aplicações
tecnológicas. Ainda me refiro ao aspecto humano dentro do próprio humano
biológico. A escalada na busca da perfeição, da longevidade e do controle das
fontes naturais de instabilidade vem colocando-nos na trilha da
perfectibilidade. A busca da felicidade e da neutralização total de todo o mal
faz-nos cada vez mais seres supremos em direção ao poder divino na pretensão de
assumirmos gradativamente o lugar do todo poderoso Deus. Essa visão vem
consolidando-se a olhos vistos na vida real e está brilhantemente
contextualizada na obra “Homo Deus”, do historiador Yuval Harari. Mas como tudo
isso começou? Teremos que retroagir no tempo até os séculos XVII e XVIII. O
sistema feudal europeu esfacelou-se, dando espaço para a entrada da burguesia em
sua busca pelo sucesso por meio do aperfeiçoamento nos negócios pelo homem a
partir do uso de sua razão, técnica e ciência. O estudo do Iluminismo,
ideologia instalada naquela época, amplia o tema a respeito do surgimento da
ciência no planeta Terra. Desde então vivemos ciclos de extrema prosperidade,
com ganhos extraordinários em vários campos das necessidades humana. Somente
para citar dois deles:
· geração
de alimentos, com controle de pragas e adaptações climáticas na agricultura e
logística;
· medicina,
com a erradicação e controle de doenças através de diagnósticos cada vez mais
precisos e a produção de vacinas e remédios eficazes na prevenção e cura de
doenças.
Tudo isso é muito bom mesmo, mas, e sempre há
um “mas,” trouxe-nos ao patamar onde nos encontramos hoje. Vivemos em um
estado de mercantilização das relações, onde a principal causa da desumanização
deve-se à busca da perfeição, do aperfeiçoamento, da perfectibilidade ou do progresso.
Queremos ser belos, saudáveis, eternos, bem-resolvidos e sábios. Essa escalada
vinha desenvolvendo-se em perfeita harmonia com o humano soberano no comando da
tecnologia até o ponto em que muitos começam a supor que é exatamente esse
mesmo homem que atrapalha seu próprio aperfeiçoamento. Essa suposição baseia-se
exatamente na mesma busca da estabilização de variáveis naturais citada
anteriormente, que, no caso dos humanos, está diretamente ligada às suas
emoções desorganizadas. A introjeção de artefatos tecnológicos no corpo humano
já é uma realidade, apontando assim para uma era pós-humanista. Há até quem
diga que a geração de hoje será a última 100% biológica. Será?
“Como não ver que a fúria
pelo progresso contínuo chegará à conclusão de que é o humano no homem que nos
atrapalha?” (PONDÉ, 2014)
Será?
2.2
Tecnologia
Não há necessidade de
enumerar aqui os efeitos que o conjunto de transformações e rupturas que as
inovações tecnológicas dos últimos anos vêm causando. Vivemos em uma poderosa
transição na relação homem – máquina partindo do estado de “eu mando e você
obedece” para “Ai Jesus! Como ela faz isso?”. Robótica, inteligência artificial
e machine learning (entre outras
coisas) estão empurrando cada vez mais a barra da atuação humana relacionada à complexidade
laboral para cima na pirâmide de exigências intelectuais em todas as áreas e
atividades, sem exceção, sendo umas mais vulneráveis e outras menos, mas
arrisco dizer que não há quem esteja livre dessa. A busca pela precisão,
agilidade, capacidade de abrangência, fazer mais com menos, a redução de
custos, expansão de mercado, manutenção ou elevação de ganhos em um mundo
progressivamente egoísta e consumista mantêm viva essa brasa ardente,
sustentando a tese de que as regras do jogo estão estabelecidas. Independente
do julgamento a respeito de onde isso nos levará no que tange a preservação da
espécie, cabe aqui e agora um posicionamento humano a respeito do que fazer
para manter-se firme no jogo.
2.3
Consequências
São inúmeros os impactos
que essa combinação de fatores poderá trazer em nossas vidas: obsolescência,
inutilidade funcional, subemprego, desemprego. Isso sem falar na pressão
psicológica causada pela iminência do que poderá vir a acontecer com cada um de
nós. Sendo assim, nos caberá a conscientização de que estamos, na melhor das
hipóteses, diante de um cenário em que a água está batendo nos nossos traseiros.
O que fazer então? Antes de partir precipitadamente para a resposta, vejamos.
3.
HUMANOS, QUEM SÃO?
Em uma história de 570
milhões de anos de existência de formas de vida, nós humanos modernos, classificados
como Homo Sapiens, demos o ar da
graça nesse planeta somente (a luz do estudo da evolução das espécies) há
aproximadamente 250 mil anos. Isso poderia nos dar um certo conforto com
relação às besteiras que fazemos, afinal de contas, nossa constituição
anatômica cerebral, apesar de evoluída, ainda guarda uma perigosa proximidade
com antepassados mais primitivos. Somado a esse aspecto mais antropológico da
evolução biológica de nossa espécie, encontramos uma resultante bem mais
recente da história relacionada à formação de um modelo mental resistentemente alicerçado
na resposta de sobrevivência da revolução anterior, a segunda Revolução Industrial. A Revolução
Industrial Inglesa implantou um sistema mecanicista com camadas bem definidas de poder
fincadas em uma separação clara dos que pensam e os que executam. Toda
criatividade será castigada, salvo quando é proveniente da parte do grupo de elite que tem essa
atribuição. Esse momento histórico foi brilhantemente dramatizado pelo gênio
Chaplin em sua obra de arte cinematográfica “Tempos Modernos”. Dito isso, tão
certo quanto a existência do sol e da lua, sabemos que conforto não é de forma
alguma onde precisamos manter-nos nesse momento.
3.1
A nova ordem
Acontece que que o
chamado de hoje é outro. Paralelamente à progressão exponencial da substituição
da mão de obra humana pela máquina, o sistema começa a exigir habilidades e
competências que ele, humano contemporâneo, não foi preparado e incentivado ao
longo de sua vida. Ocorre que as transformações mercadológicas acontecem de
maneira muito mais rápidas do que a possibilidade instantânea de reformulação
dos meios de educação e incentivo. Ainda mais considerando que vivemos atualmente
em um mundo híbrido, separado entre o tradicional e o ultramoderno. No
movimento pendular evolutivo acompanhamos o esfacelamento do modelo tradicional
e a estruturação crescente e gradativa de uma nova forma de fazer negócios e de
comportamento organizacional. Esse novo formato está emblematicamente
representado pela gestão de solução de problemas e criação, batizada como
Processos Ágeis (SCRUM), onde o coletivo é imprescindível, a autonomia é uma
realidade, a participação é incentivada e correspondida, a experimentação faz
parte do processo de criação e a liderança está em movimento migratório baseada
no aproveitamento da expertise de cada indivíduo em cada situação. Esse é um
processo sem volta onde a necessidade de adaptação é tão grande quanto o
tamanho do desafio, tanto para líderes quanto para liderados. Resta agora um
momento de reflexão e tomada de decisão em cima das perguntas:
1. Como
posso trabalhar melhor dentro dessa nova realidade?
2. O
que vem atrapalhando-me a executar o meu trabalho com excelência?
3. Quais
são os obstáculos que desaceleram o meu ritmo?
Essas perguntas são
fundamentais para o engajamento do melhor da porção humana em um cenário
inundado por soluções tecnológicas. Elas nos conduzirão a identificar a melhor
porção humana não encontrada e, ainda longe de vir a ser, em qualquer máquina.
4.
ELEMENTOS CHAVE DA EQUAÇÃO DA PORÇÃO HUMANA
4.1
Cognição
É algo em contínuo
movimento. É o conteúdo retido e a capacidade de aquisição de novos
conhecimentos. Está diretamente ligada à primeira pergunta, O QUE?. Filósofos
gregos já atribuíam a cognição à percepção, atenção, associação, memória, imaginação,
linguagem, ao raciocínio, juízo e pensamento. A captação dos inputs e estímulos do meio ambiente
através dos cinco sentidos. Informações que, após processadas, levam à adaptação
ao meio e à solução de problemas. Todo esse repertório leva à modelagem do que
vem a ser o “MODO DE SER INTERNO”. A captação pelos sentidos resulta em uma
percepção lapidada pela influência do meio acrescida do registro (memória).
Dentro da nova ordem, isso seria então a área de expertise. O saber técnico, a
competência resultante do entendimento a respeito de regras, normas, leis,
teorias, fórmulas, etc.
4.2
Emoção
De forma bem sucinta, a
emoção é a reação subjetiva aos estímulos ambientais (externos) ou pessoais
(pensamentos internos) através de alterações neurobiológicas. Está associada
a(o):
· Temperamento
– particularidades // comportamento
· Personalidade
– padrões de pensar, sentir e agir
· Motivação
– condição do organismo que influencia a direção do comportamento
Importante: a emoção
sentida é diferente do comportamento clássico a ela associada. É possível
sentir a emoção sem ter o comportamento correspondente clássico (chorar, lutar,
rir, gritar, correr, etc.).
4.3
Essência humana
Os dois elementos acima
são representados por regiões distintas do corpo humano. Enquanto a cognição
está mais diretamente relacionada ao racional ou o cérebro, a emoção vem
simbolicamente representada pelo coração. Na verdade, sabemos que o cérebro é
responsável por tudo, mas em um formato mais romântico, deixamos o simpático
coração assumir essa função. Bom, assim sendo, é exatamente nele, no nosso
representante vermelhinho que encontramos a essência distintiva do ser humano
diante desse suposto confronto com o poder insuperável e cada vez mais
cognitivo das máquinas.
O problema é que em razão
da inexperiência evolutiva, citada anteriormente, e por falta de adestramento deixamos
que essa essência emocional flua de forma automática e selvagem sem que nem
mesmo nos demos conta de sua existência. Então, o que poderia ser um valoroso
diferencial positivo, transforma-se em mais um elemento de desvantagem diante
da necessidade premente de encaixe perfeito da peça humana na engrenagem
tecnológica. Daí a pergunta: Será a porção humana que atrapalha o humano? Minha
resposta é categórica – não. A porção
distintiva humana, isto é, A Emoção,
quando usada com inteligência poderá
levar-nos de volta ao patamar de supremacia nessa jornada. Isso leva-nos, então,
ao tópico principal desse artigo.
5.
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (IE): PRINCIPAL TRUNFO
Mas o que é de fato ser
inteligente emocionalmente? Em uma breve frase, posso dizer que agir com
inteligência emocional é ter um comportamento afinado com um estágio avançado
de controle de sua mente. Como já falamos antes nesse texto, temos uma
proximidade temporal, anatômica perigosa com nossos ancestrais mais primitivos,
nossos instintos primários pulsam forte em nossos cérebros. Se deixarmos por
conta do acaso, teremos resultados imprevisíveis. Portanto, desenvolver
inteligência emocional, é na verdade, promover um upgrade em nossa programação
mental. Ter consciência de como somos, como reagimos aos estímulos, como
dominamos nossas reações improdutivas, como nos relacionamos com o mundo
externo e finalmente como alinhamos nosso comportamento estrategicamente para
obtenção de nossos desejos e objetivos.
Para dar andamento ao
tema, dentro do âmbito empresarial, vou associar a IE às exigências
fundamentais e modernas de um líder. Abro mão aqui do conceito do líder
atrelado a uma formalização hierárquica. Falarei do líder engajado em um
ambiente moderno de uma liderança migratória e circunstancial. Portanto, se você não tem um título em seu registro que pressupõe estar em uma posição de
liderança, não importa, em algum momento em um futuro breve você será chamado a
cumprir esse papel.
Uma outra informação
necessária é que grande parte do que vou compartilhar daqui para frente foi
baseado ou inspirado nas obras de um dos mais importantes pesquisadores e autores
no campo da IE, o psicólogo norte americano Daniel Goleman. Ao final, farei
referência das fontes. Paralelamente, lancei mão de minhas memórias e
experiências de mais de 30 anos como líder em corporações de médio e grande
porte para validar o grande poder da IE na condução de negócios.
5.1
Elementos chave da IE
A primeira descoberta
importante no campo da neurociência que contribuiu para aumentar as chances do desenvolvimento
da IE foi que a atenção (foco) e a emoção estão entrelaçadas nos circuitos
cerebrais. De forma sucinta, isso quer dizer que que o controle da emoção está diretamente ligado ao
gerenciamento da atenção.
Essa é uma informação
ultra importante e, se pararmos para pesar, faz muito sentido. Só recebemos
estímulo daquilo em que colocamos nossa atenção. Nosso foco precisa ser
seletivamente direcionado para o que realmente importa;
“Lideres precisam
conduzir bem a atenção e isso requer uma percepção clara de onde, quando, por
que e em que direção precisamos conduzir nossa consciência.”
Exatamente por isso que o
desenvolvimento e a implementação de um robusto referencial estratégico (visão,
missão, objetivos e sistema de incentivos), em paralelo com um consistente
esquema de comunicação, são imprescindíveis em uma organização. Isso contribui em muito para que a atenção
coletiva esteja voltada para a mesma direção.
Ao mesmo tempo represamos as emoções, oriundas do ambiente externo,
dentro de um mesmo contexto.
Expandiremos agora essa
atenção para três dimensões.
5.2
Tríade da consciência
INTERNA // NO OUTRO //
EXTERNA è
Abundante e equilibrada. Com flexibilidade para exercer a consciência certa no
momento certo.
5.2.1
Foco interno
Estar capacitado para
trazer sua concentração para dentro de si e ter consciência de como as coisas
acontecem internamente.
5.2.2
Controle cognitivo
É o termo científico para
prestar atenção onde queremos e mantê-la em face à tentação de divagar.
Capacidade fundamental da autoconsciência. Função executiva do cérebro,
localizada no córtex pré-frontal (gerente do cérebro).
“Os mesmos circuitos
neurais que permitem a realização obstinada de metas, também controlam as
emoções rebeldes”.
Exemplos dos sinais de
controle:
1. Permanecer
calmo durante crises
2. Recuperar
do fracasso ou derrota
3. Ser
claro e franco sobre suas forças e fraquezas
4. Ser
confiante quando utiliza seus pontos fortes
5. Saber
que suas limitações recomendam que recorra a outras pessoas com fortes
habilidades na área
O nosso “Algoritmo Ético”
conduz-nos à decisão do certo ou errado.
Sensações viscerais são
como “Marcadores Somáticos” è
leme interno que para qualquer decisão, nos informa a soma total de lições
pertinentes obtidas de nossas experiências de vida.
Quando sentimos aquele
frio na barriga diante de um dilema e da pressão de tomar uma decisão. Após
termos obtido e analisado todos os dados disponíveis, temos aquele momento
crucial onde os marcadores somáticos entram em ação e dão o empurrãozinho
final.
Nossa intuição sobre o
que fazer e o que não fazer está incondicionalmente atrelada aos nosso valores.
Para fortalecer seu
intervalo de atenção:
Pare de sobrecarregá-lo è
Fazer intervalos a cada 4 horas. Nosso cérebro não está preparado para longas
jornadas.
Pratique mindfulness - atenção plena (extraído do
sistema de crenças religiosas)
A neurociência por trás da
atenção plena baseia-se no conceito
da neuroplasticidade.
“O cérebro muda com a
experiência repetida, à medida que alguns circuitos se fortalecem e outros
definham”
“A
atenção é o músculo mental”
Existe uma série de
exercícios simples e que devem ser praticados diariamente para o
desenvolvimento da atenção plena. O mais conhecido é o da respiração. Traga a
sua atenção para a sua respiração durante alguns minutos e tente não pensar em
mais nada. Sua mente certamente irá divagar, não resista, somente se dê conta
de que divagou. Receba naturalmente o pensamento divagante e deixe-o ir
intencionalmente voltando para a respiração. A tendência é que, com o tempo, o
número de divagações diminuirá. Existe boa literatura a respeito. Baseio-me no
livro “Atenção Plena”, de Mark Williams e Dany Penman. Este livro é basicamente
um manual de aplicação do mindfulness
e vem com o CD com os áudios dos exercícios (também pode ser baixado do link
fornecido no livro).
3 Soluções rápidas para
mente divagante (D. Goleman)
· Administrar
as tentações (interferências digitais) – disciplina para inibir ou restringir
· Monitorar
sua mente e refletir – observe onde foi parar a sua mente ao ser seduzido por
distrações. Reflita conscientemente, veja quando a sua mente divagou de novo.
Esse pensamento desvia a mente da divagação e ajuda a dirigi-la de volta à concentração
· Praticar
ao menos uma sessão diária de atenção
plena.
5.2.3
Foco no outro
É muito mais do que, como
se diz comumente, “colocar-se no lugar do outro”. É saber escutar ativamente e ser
capaz de ajustar a resposta nos termos que o outro mais se identifica. É
compreender e sentir efetivamente a dimensão da emoção do outro. É agir proativamente
no sentido de contribuir para ajudar o outro. Líderes que fazem bem isso têm:
· Capacidade
de captar a vibração de um grupo, reconhecendo um consenso tácito.
· Facilidade
de relacionar-se.
· Capacidade
de saber em uma apresentação quando os ouvintes precisam que se passe de dados
frios para um momento de descontração ou vice-versa.
· Alto
poder de influência diante de seus liderados, pares e líderes.
3 Tipos de Empatia:
Ø Empatia Cognitiva
o Entender
a perspectiva da outra pessoa, os modelos mentais pelos quais ela enxerga seu
mundo
o Expressar
a mensagem nos termos que farão mais sentido
o Atingir
melhor grau de persuasão
Ø Empatia Emocional
o Detectar
imediatamente como alguém se sente naquele momento
o Promover
interações com forte química, com sentimento de ressonância, a qual gera uma
sensação de conexão, confiança e compreensão
Ø Preocupação Empática
o Reagir
espontaneamente aquilo que as pessoas sentem que mais importa para elas
o Ajudar
as outras pessoas
o Criar
uma atmosfera de segurança e confiança de modo que liderados sintam-se seguros
para correr riscos e experimentar novas ideias
Objetivo:
Construir Vínculos
5.2.4
Foco externo
Estar antenado no que
acontece, nas tendências, identificar seletivamente o que mais interessa.
Fechar ou expandir a visão dependendo da exigência do momento. Foco externo tem
um apelo estratégico muito forte e que pode ser dividido em dois:
Ø Exploração.
o Operacional
seletivo, descontinuando ou eliminando negócios ou transações que não agregam o
valor necessário.
Ø Investigação.
o Inovação
constante e revolução criativa. Empreendedor em busca da próxima novidade.
Ocorrem em áreas
diferentes do cérebro:
↑Nível de Consciência
Sistêmica x ↓Déficit de Empatia
↑Nível de Empatia x ↓Cegueira Sistêmica
A situação ideal é que se
consiga um balanceamento perfeito
Em resumo:
Cada um desses 3 tipos de
foco e suas subvariedades têm seus benefícios e os líderes precisam de todos os
3 em equilíbrio. O foco certo, na medida certa, na hora certa.
O entendimento da Tríade
da Consciência escancara a porta para que possamos então buscar o
desenvolvimento nas competências básicas de uma boa Inteligência Emocional. O
avanço nessa área trará então uma dimensão definitiva para o perfeito
reenquadramento de sua carreira, seja ela em que área for, em uma nova
dimensão. Mais do que isso, sendo esse um processo contínuo, permitirá que você
se autorregule de maneira recorrente buscando a melhor adaptação ao meio que
atua e liberando a usina de soluções criativas que habita em sua mente.
CONSIDERAÇÕES
FINAIS
o O
humano no homem é o diferencial positivo
o A
busca da perfectibilidade deve incentivar o upgrade
humano
o A
tecnologia vem para somar
o O
primeiro passo para o desenvolvimento é reconhecer as fraquezas
o Razão
e Emoção são aliados imbatíveis
o O
gerenciamento da ATENÇÃO facilita o controle da EMOÇÃO
o O
cérebro muda com a experiência repetida (musculação cerebral)
o A
meditação fortalece a capacidade de foco
o O
equilíbrio e a habilidade em dosar o uso dos 3 focos (Interno, no Outro,
Externo) no momento apropriado é fundamental para a liderança efetiva
Relembrando, segue abaixo
a representação gráfica das 5 competências da IE
Dica de ouro: Duas
grandes vantagens que os robôs que aprendem têm sobre os humanos é que eles: 1)
não têm crenças limitante dizendo a eles que não conseguirão fazer algo e 2)
não têm vergonha ou orgulho que os impeçam de tentar até conseguir independente
do ridículo ou frustração que as tentativas fracassadas possam causar. Não é
fácil vencer essas duas barreiras, mas os benefícios para quem consegue são enormes.
Pense nisso.
REFERÊNCIAS
GOLEMAN,
Daniel. Liderança: a inteligência
emocional na formação do líder de sucesso. São Paulo: Objetiva, 2015.
HARARI,
Yuval Noah. Homo Deus: uma breve
história do amanhã. São Paulo: Cia. das Letras, 2015.
PONDÉ,
Luiz Felipe. Filosofia para corajosos.
3 ed. São Paulo: Planeta, 2014.
SUTHERLAND,
Jeff; SUTHERLAND, J. J. Scrum: a
arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo.
Coaching - Uma outra abordagem para o Sucesso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
O Blog do Laudio agradece a sua visita e participação. Em breve o seu comentário será incorporado.