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quinta-feira, 22 de maio de 2014

EDUCAÇÃO - Mas de que educação estamos falando?

Coaching - Uma outra abordagem para o Sucesso!



Mr. Mandela, homem de sabedoria inquestionável. Mas, mesmo Mandela, mesmo este homem com tamanha credibilidade e lucidez tem seu axioma passível de um questionamento inevitável quando se trata do Brasil: De que educação estamos falando? Daquela educação deseducadora que só se presta ao papel de cumprir tabela e aliviar a culpa daquelas famílias que acham que fizeram o sua obrigação ao matricular suas crianças em qualquer instituição que se autointitula de  "ensino"? Ou de uma verdadeira escola formadora de cidadãos? Não devemos e não podemos nos fazer de tolos inocentes ou de amedrontadas avestruzes enfiando nossas cabeças nos buracos da incompetência e da negligência ignorando o fato de que vivemos em um país de terceiro mundo com necessidades básicas e falhas grotescas no sistema de ensino. Escolas que deveriam ser renomeadas como depósito de crianças ou analgésicos de efeito paliativo para as dores de cabeça dos pais que querem suas pestinhas longe por um tempo para terem liberdade e tranquilidade.
É muito triste ver o grau de atraso que nos encontramos quando aferimos as habilidades e competências conquistadas por um estudante Brasileiro quando comparado com outros de mesmo nível de outros países. Não me refiro a comparação injusta e desproporcional que se faz usando exemplos de países do primeiro mundo. Falo de examinar maçãs com maçãs, laranjas com laranjas. Já publicamos aqui resultados desta natureza em matéria do dia 06/04/2014 intitulada "Educação no Brasil é só má notícia"  e nos deparamos mais uma vez com o recorrente fiasco nacional. O que nos levará a dianteira no mundo hoje é uma habilidade que está acima de qualquer área clássica de formação sendo cada vez mais exigida dos profissionais em qualquer nível de maturidade, a INOVAÇÃO. Algo que deve ser despertado e desenvolvido desde muito cedo nas cabecinhas infantis. Dizem que o Brasileiro é muito criativo mas, que criatividade é essa? Aquela propagada como uma vantagem chamada de "jeitinho brasileiro?" Essa não serve. Não vale de nada. Essa só cria o aleijão mental do ganho fácil com menor esforço. Pula etapas fundamentais na formação do caráter e das competências. Está cientificamente provado que o desenvolvimento de uma habilidade, mesmo aquelas que são natas, depende fundamentalmente de muito esforço, treino e dedicação onde a palavra "jeitinho" não se encaixa de forma alguma.
  Pois bem, sem querer abraçar o mundo ou cair no vazio da crítica utópica, aponto aqui a saída: assim como buscar o médico certo capaz de curar a doença que nos abateu, nós, e quando digo nós não me refiro a nenhum governo, falo dos cidadãos, das famílias, temos por obrigação procurar a melhor opção de fonte de educação para nossas crianças e adolescentes. Além disso, é nosso dever exigir o melhor, acompanhar e ajudar os educadores no desenvolvimento delas. Assim fazem os Chineses, Coreanos, Indianos, Sul Africanos e outros povos que têm ou já tiveram a mesma conjuntura econômica e social que o Brasil mas com a diferença decisiva de realmente posicionar a verdadeira Educação no topo de suas prioridades.  

Um comentário:

  1. Caro Laudio,

    Em síntese, você fala do esforço que deve ser feio por todos nós para uma educação de qualidade.
    O primeiro erro dos cidadãos, adultos, pais, é deixar toda a educação nas mãos do Estado. E o primeiro erro dos governos parece ser acreditar que apenas a vaga no sistema, a disciplina e o esforço dos alunos vão resultar em uma mudança de qualidade (concordo que, do ponto de vista da gestão, é preciso primeiramente garantir vagas, mas isso não é o mais difícil, é uma condição de saída).

    Concordo, sobretudo, que a sociedade, os cidadãos devem participar ativamente do projeto educacional do país. Há, inclusive, um dispositivo legal que prevê a participação comunitária na educação (LDB, Art 14).
    Mas porque não se faz isso, porque somos preguiçosos? Isso,simplesmente, não pode ser a razão. Não quero acreditar. Tenho outras hipóteses.

    Creio que o primeiro obstáculo à mudança cultural da educação a ser derrubado, é a descrença na própria educação formal. Não é possível listar todos os fatores que nos deixaram assim, descrentes da educação formal e sistemática. É importante dizer isso, porque a educação como processo social, no âmbito das relações familiares, sociais, de trabalho e hoje, também através da potência da mídia, nunca parou. Somos “educados”, mas de um certo jeito.

    Uma das coisas que temos aprendido ao longo dos últimos anos, é que a educação institucionalizada é de pouco valor.

    O segundo obstáculo, em minha opinião, é mesmo a falta de participação das famílias e da sociedade nas decisões acerca da educação, em todos os níveis. Desde a matrícula do filho na escola e seu acompanhamento, até a decisão de pressionar os governos por uma educação de qualidade.

    Aqui e ali há iniciativas e resistências. Há ótimos exemplos, mas o quadro geral é ruim e por enquanto, nosso time está perdendo.

    Gostaria em outra oportunidade de falar por onde pode começar a crença na escola.

    Abraços fraternos e continue dando essas pistas para nós.

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