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quinta-feira, 10 de julho de 2014

COACHING: O CHORO DE DAVID


"EU SÓ QUERIA DAR UMA ALEGRIA AO MEU POVO QUE SOFRE TANTO COM INÚMERAS COISAS" David Luiz
Todos estamos atônitos e perplexos com o catastrófico resultado do jogo Brasil e Alemanha na semifinal da copa 2014. Testemunhamos reações diversas que vão do choro apático angustiado até a quebradeira irresponsável e revoltada dos vândalos de plantão. Entramos na fase agora da investigação e da reflexão na direção de tentar explicar o que aconteceu para um resultado tão inusitado. Temos que partir do ponto da concordância de que para um placar tão incomum, tem que ter havido um componente extremo e igualmente incomum. Como diriam os estatísticos, um ponto fora da curva. Deixando de lado as brincadeiras e sarcasmos, tenho ouvido e lido algumas tentativas sérias buscando desvendar este enigma. Eu mesmo já mandei algumas coisas nas redes sociais, porém pensando mais e mais a respeito me convenci: nada do que foi dito atinge o fundo da questão ou o ponto nevrálgico que dá sustentação para tamanho desastre. Podemos continuar falando da falta de planejamento e estrutura do futebol Brasileiro. Podemos continuar excomungando a famigerada corrupção entranhada no DNA da nossa cultura. Podemos continuar crucificando este ou aquele jogador por não ter desempenhado. Mas, no meu entendimento, nada, nada disso explica tomarmos 7 gols em uma semifinal de copa. Pois bem, já que estamos buscado o ponto fora da curva, vamos então começar com o fato da copa ser na nossa casa. Este é um fator de extrema relevância e muito incomum, considerando que a última vez que isso aconteceu foi em 1950 quando muitos de nós não era nem nascido. Vamos guardar esta informação como um dado muito importante até mesmo porque perdemos o jogo final despertando assim um desejo velado de vingança.
 Como os antigos (nem tanto assim) da minha época falam para trazer fatos e imagens do passado, eu direi - "vamos rebobinar a fita" e voltar 1 ano atrais e vir relembrando as imagens dos protestos e da indignação de milhões de Brasileiros a respeito da situação miserável, desumana, desigual e humilhante que este país impõe a maioria dos seus cidadãos relativamente a 3 aspectos básicos imprescindíveis à sobrevivência: saúde, educação e segurança (isso sem falar em moradia, custo de vida, mobilidade e etc...). Todo esse clima de revolta que tomou conta da nação ressaltando então a imagem de um povo desamparado, desprotegido, largado a sua própria sorte (ou azar) por seus governantes e ávido por vingança. Vamos também estacionar esta imagem por um instante para buscar outo ingrediente deste caldeirão fumegante.                
Comecei a visualizar então aquela cena forte e emblemática do choro sentido do David Luiz, um rapaz de 27 anos completados em Abril e suas trêmulas palavras. Aos poucos  David, antes desconhecido por muitos Brasileiros, veio se transformando na segunda figura mais importante desta missão chamada copa do mundo. Sua liderança, personalidade e imagem de bom moço, o conduziu a este posto (depois de Neymar é claro). Tudo isso reforçado por suas atuações firmes em campo e seu belo chute na cobrança de falta que levou o Brasil a vitória sofrida contra a Colômbia. Diga-se de passagem que sua comemoração já me chamou a atenção por sua intensidade dando já sinais que ali havia mais que um gol, uma possível vitória ou até mesmo uma copa em jogo. David não era o único nesta condição, basta lembrar a suspeita quanto a fragilidade do estado emocional do time.
Já temos aí o local da batalha, as vítimas desamparadas, os vilões e os mocinhos de uma história fomentada e romanceada por uma mídia efusiva e sensacionalista estampando manchetes tais como "SUPER AMIGOS, ATIVAR!!!!
Pronto, tudo perfeito, exceto pelo fato de que isso é vida real e que estamos lidando com gente de verdade e não com personagens de animação 3D.
Minha conclusão: A missão original de vencer uma competição esportiva foi AMPLIFICADA pelo pesado propósito de "DAR UMA ALEGRIA AO POVO BRASILEIRO SOFRIDO E DESAMPARADO". 
O oponente deixou de ser a Alemanha ou qualquer outra seleção que cruzasse o caminho do Brasil mas sim A FALTA DE SAÚDE, EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, A FOME E A MISÉRIA DO POVO. Isso é incontestavelmente muito mas muito mais pesado do que vencer uma competição esportiva.
Qual a lição que fica?
É PRECISO SE TER CLAREZA QUANTO AO PROPÓSITO NA BUSCA DE QUALQUER OBJETIVO. NÃO DEIXAR QUE NADA DETURPE ISSO NEM MESMO QUANDO A INTERFERÊNCIA SE MOSTRA NA DIREÇÃO POSITIVA DE NOS IMPUTAR MAIS BENEFÍCIOS DO QUE A REALIDADE SE PROPÕE. A RESPONSABILIDADE E AS CONSEQUÊNCIAS DO SUCESSO OU FRACASSO PRECISAM ESTAR CALIBRADAS COM O VERDADEIRO SIGNIFICADO DA MISSÃO. AFINAL A COPA É SÓ UMA COMPETIÇÃO ESPORTIVA E AQUELE ERA SÓ MAIS UM JOGO A SER VENCIDO.    
          Mais sobre esse tema você pode encontrar entrando em contato comigo em


                     Email: laudio@coachinglifeline.com Tel: 011 94299-8729 // 011 5056-0027      

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