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segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Estamos de olho - Feliz ano velho


Estamos verdadeiramente vivendo tempos estranhos, muito estranhos. Em pleno Dezembro, mês caracterizado pela súbita penetração de um sentimento incontrolável de esperança e gratidão, encontramo-nos teleguiados por 2 principais medições (pelo menos aqueles habitantes da região Sudeste) assustadoras: escândalos de corrupção e os níveis alarmantes das represas. Duas medidas vitais para o bem estar e a sobrevivência. Decidi então me apossar da palavra para despejar o meu sentimento dirigido a estas duas réguas.
Escândalos e corrupção:
Me sinto sinceramente envolvido pelo desenrolar diário desta trama que mais parece a sequencia de uma novela Mexicana, daquelas de muito mau gosto. De todas as folhas dos jornais, diariamente e já a um bom tempo, mais da metade são ocupadas com matérias cujos os títulos têm as palavras: Petrobras, propina ou corrupção. Os capítulos diários desta história são inevitavelmente comparáveis a de uma novela do horário nobre da TV. Temos o núcleo principal do bem, formado pelos agentes da Polícia Federal, Ministério Público do Paraná e o Juiz Sérgio Moro, chamados, "Os Vingadores" . Temos o núcleo dos vilões representados por todos "Os Malfeitores Traidores" e seus poderosos chefões. Temos o núcleo divertido encarnado com louvor pelo Congresso e a base Governista com suas trapalhadas e piadas de mal gosto, sendo a última o relatório da CPI que investigou a Petrobrás. Pois bem, como nas novelas, temos uma bela dose de mais do mesmo mas a trama sempre progride um pouquinho, porém insistentemente voltada para a direção errada. A marcação desta régua é regida pela soma dos mil, milhões, bilhões e pasmem, já ouvi a palavra trilhões. Não saberia nem escrever tantos zeros. A cada 500 mil, 10 milhões, 30 milhões ou 100 milhões empilhados nessa escala maldita, me vem a imagem depressiva dos miseráveis, pobres meninos sem escola, enfermos vindo a óbito nas filas, aposentados desamparados e até mesmo presidiários estocados em cadeias sub-humanas, criadas originalmente para a recuperação do cidadão. Encontramos semelhança até no desenrolar dos capítulos quando alguns trazem novidades surpreendentes e sempre deixando margem para a suposição de que algo bem pior vem por aí nos próximos episódios. O maior problema disso tudo é que não podemos fazer o que fazemos com as novelas, mudar de canal ou desligar. A ficção não mexe efetivamente com a nossa vida ou nosso bolso, mas, esta realidade que está aí irá com certeza absoluta causar muito estrago. Além daquelas consequências já exaustivamente debatidas tais como: alta dos juros, restrição ao crédito, inflação, desemprego, alta do dólar e  recessão. Somos obrigados a conviver com a angustia da incerteza do tamanho deste rombo e seus efeitos práticos. Que iremos perder, isso já sabemos. O que dói é não ter a menor ideia do quanto.

% das represas.   
Outra régua nefasta dos nossos tempos. Todos os dias somos informados que perdemos mais 0,01% do volume de água. O pior que o período das chuvas já começou alagando bairros e causando destruição mas, o percentual sofreu nova queda. A falta d'água, assim como a corrupção desenfreada, são meras consequências de um mesmo mal: o insistente descaso de governos e governastes voltados integramente para perpetuação de seus poderes. Sem planejamento, sem o mínimo interesse por programas que visam o bem estrar a longo prazo. Neste caso ainda nos resta recorrer a São Pedro.

Isso tudo não coaduna com o momento máximo da esperança para novos tempos mais promissores. Como é que iremos genuinamente cantar a tradicional canção - "hoje é um novo dia, de um novo tempo que começou ..." ou aquela "esse ano, quero paz no meu coração..." ou mesmo "adeus ano velho, feliz ano novo, que tudo se realize...". Em síntese, é uma baita sacanagem.

JÁ QUE É ASSIM...... FELIZ ANO VELHO AMIGOS E QUE DEUS E SÃO PEDRO NOS AJUDE.





   

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