Esta semana vivi uma experiência impagável. Ela veio pela
proposta do professor no extraordinário curso de imersão em Design Thinking que
estou tendo o privilégio de fazer na Escola de Design Thinking da Echos.
Confesso que a minha primeira reação foi de constrangimento, mas logo cedi a
tentação de obter todo o benefício que a dinâmica poderia proporcionar. Muito se fala a respeito de um mundo onde as
pessoas sejam mais empáticas, pacientes e disposta a efetivamente se doar por
inteiro quando em contato com outro ser humano. Ter efetivamente a capacidade
de enxergar, sentir e contribuir na direção de aliviar a dor do outro. Muitos
tentam encontrar uma definição em palavras do que vem a ser empatia. Eu mesmo
já arrisquei definições as quais hoje entendo serem muito pouco para expressar
de uma vez por todas este complexo sentimento. Pois bem, o exercício foi o
seguinte: metade dos alunos iriam vendar completamente os olhos enquanto a
outra metade formaria dupla e permaneceria sem venda. Deveríamos subir a rua em
frente a escola, caminhar até o fim dela (150 – 200m) em direção a Av. Santo
Amaro onde na esquina havia um supermercado. Deveríamos entrar no
estabelecimento e comprar algo que estivéssemos precisando na nossa casa. Tudo
isso de olhos vendados e somente amparado pelo colega que estava exerdando para
evitar acidentes. O companheiro de dupla não poderia ajudar a encontrar o
produto, falar a marca ou facilitar a ação na hora do pagamento. Foi realmente
como enfrentar as adversidades de um deficiente visual em uma situação
cotidiana. Após a simulação que terminou ao final do processo de pagamento, com
a venda removida, tive um impacto muito significativo ao visualizar as luzes,
as cores e a feição das pessoas ao redor nos caminhos por onde passei. Foi
muito estranho. Aquele supermercado era completamente desconhecido para mim,
nunca tinha estado lá. Enquanto vendado, tudo era como um buraco negro, triste,
tenso e sem vida. As sensações de audição e olfato se tornaram mais aguçadas e
obtive a constatação final de que vivemos em um mundo dos perfeitos onde
deficiências não são bem-vindas.
Gostaria, porém, de trazer essa experiência para situações
muito mais frequentes em nossas vidas. Não lidamos com pessoas classificadas
como deficientes a maioria do tempo (a não ser que você seja um daqueles de
alma iluminada que faz um trabalho específico), estamos a maior parte das vezes
em contato com indivíduos “perfeitos”. O
grifo proposital se deve ao utópico aspecto da perfeição. O conceito de
perfeição, depende de um padrão. Sempre será necessário um gabarito para possibilitar
o entendimento do que vem a ser perfeito. E é exatamente nessa hora que
chegamos a conclusão que em diferentes graus, todos somos deficientes. A minha
ideia de perfeição é única e caminha invariavelmente junto com o meu poder de
julgamento. Esses dois elementos são
como gasolina e centelha na queima do sentimento empático. O meu padrão
soberano me conduz ao julgamento rápido que me leva a dispersão e ao exame
superficial e simplista da questão transferindo assim a razão central do
problema para a “deficiência” pessoal
do interlocutor. É como ouvir a lamentação de alguém sobre dificuldades na sua vida
profissional e responder apressadamente “troque de emprego”, “chute o balde” ou
alguma outra sentença imediatista para eliminar o problema do ouvinte em lidar
com a intimidação da situação de quem realmente precisa de ajuda.
A escuta empática plena requer muito treinamento e obstinação
da parte de quem quer alcança-la. Nossa conduta está viciada no imediatismo.
Trata-se de um exercício consciente diário até atingirmos estágios mais
avançados. Para tanto precisamos nos conhecer muito melhor. Saber quais os
sabotadores que nos assolam e de que forma atuam. Sim, mas qual o benefício
disso? Você há de me perguntar. Minha resposta: um mundo muito mais iluminado,
colorido e fascinante ao seu redor.
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