Pegando carona no polêmico comportamento do nosso craque de
bola Neymar, aproveito para relembrar a afirmação que dá título a esse artigo.
Um dos erros clássicos (um tanto ultrapassado, mas ainda recorrente nos dias de
hoje) em gestão é a equivocada escolha do líder unicamente por sua qualidade de
execução. Para que possamos entender de uma vez por todas, vamos usar o exemplo
real do Neymar como capitão da Seleção Brasileira de futebol na campanha bem-sucedida
do ouro olímpico.
Neymar é um jovem dedicado jogador de futebol de 24 anos (na
data de hoje) com um índice de habilidade técnica acima da média global. É
considerado por muitos o melhor jogador Brasileiro em atividade. Sua excelência em execução lhe garante um
salário milionário e mais outros tantos milhões pagos por sua imagem, fortuna
essa, muito bem administrada pelo Sr. Neymar Pai. Tudo isso eleva sobremaneira
a sua posição de influência, status profissional e social, mas, não lhe reserva
as condições mínimas necessárias para a prática da boa liderança. Principalmente nos momentos extremos de maus e bons resultados.
Na minha trajetória corporativa, me deparei com alguns “Neymares”
e sei exatamente do que estou falando. São ótimos profissionais, admirados por
suas habilidades operacionais. Prestigiados pela maioria, dão a falsa impressão
de que podem ser promovidos a postos de liderança sem uma preparação
específica. Isso via de regra não funciona. São duas tarefas completamente
diferentes – fazer x fazer com que façam. Geralmente o
que acontece é o seguinte:
- O perito faz tão bem que não tolera a imperfeição
- O perito faz tão rápido que perde a paciência com a lentidão
- Na pressão, o perito pega para fazer e critica a inutilidade da equipe
- O perito não inspira, transpira com a centralização das tarefas
- Nos maus momentos, se fecha e trabalha movido pela raiva
- Nos momentos de glória, explode sua arrogância e superioridade
Desnecessário dizer que isso não é uma regra geral. Existem
excelentes executores que se transformam em grandes líderes posteriormente.
Isso decorre de uma condição nata e instintiva. Mas, mesmo nesses casos, é
fundamental um acompanhamento de carreira para que se possa aproveitar ao
máximo e potencializar o que já existe de forma natural.
A liderança, nata ou não, pode e deve ser trabalhada e desenvolvida
com a boa prática de acompanhamento do Coaching. A identificação dos gaps de
competências e comportamentos improdutivos conduzirão a uma série de técnicas e
exercícios os quais contribuirão definitivamente para uma liderança segura e eficaz.
No caso do nosso craque Neymar, não posso afirmar com
certeza, se a única razão do seu desequilíbrio se deveu exclusivamente a sua pouca
idade, mas arrisco dizer que a missão de assumir a faixa de capitão foi um peso
muito maior do que ele podia aguentar nessa fase da vida.
O resultado veio, para muitos isso é só o que importa independente
do rastro de devastação que ficou para trás. No futebol isso pode prevalecer,
mas no mundo empresarial corporativo, não se sustenta.
Parabéns ao feito inédito de toda a equipe Brasileira. Agora
também podemos nos orgulhar do ouro olímpico no futebol.
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Coaching - Uma outra abordagem para o Sucesso!
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