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segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Excelência técnica não faz um líder



Pegando carona no polêmico comportamento do nosso craque de bola Neymar, aproveito para relembrar a afirmação que dá título a esse artigo. Um dos erros clássicos (um tanto ultrapassado, mas ainda recorrente nos dias de hoje) em gestão é a equivocada escolha do líder unicamente por sua qualidade de execução. Para que possamos entender de uma vez por todas, vamos usar o exemplo real do Neymar como capitão da Seleção Brasileira de futebol na campanha bem-sucedida do ouro olímpico.   
Neymar é um jovem dedicado jogador de futebol de 24 anos (na data de hoje) com um índice de habilidade técnica acima da média global. É considerado por muitos o melhor jogador Brasileiro em atividade.  Sua excelência em execução lhe garante um salário milionário e mais outros tantos milhões pagos por sua imagem, fortuna essa, muito bem administrada pelo Sr. Neymar Pai. Tudo isso eleva sobremaneira a sua posição de influência, status profissional e social, mas, não lhe reserva as condições mínimas necessárias para a prática da boa liderança. Principalmente nos momentos extremos de maus e bons resultados.  
Na minha trajetória corporativa, me deparei com alguns “Neymares” e sei exatamente do que estou falando. São ótimos profissionais, admirados por suas habilidades operacionais. Prestigiados pela maioria, dão a falsa impressão de que podem ser promovidos a postos de liderança sem uma preparação específica. Isso via de regra não funciona. São duas tarefas completamente diferentes – fazer x fazer com que façam. Geralmente o que acontece é o seguinte:
  • O perito faz tão bem que não tolera a imperfeição
  • O perito faz tão rápido que perde a paciência com a lentidão
  • Na pressão, o perito pega para fazer e critica a inutilidade da equipe
  • O perito não inspira, transpira com a centralização das tarefas
  • Nos maus momentos, se fecha e trabalha movido pela raiva
  • Nos momentos de glória, explode sua arrogância e superioridade 

Desnecessário dizer que isso não é uma regra geral. Existem excelentes executores que se transformam em grandes líderes posteriormente. Isso decorre de uma condição nata e instintiva. Mas, mesmo nesses casos, é fundamental um acompanhamento de carreira para que se possa aproveitar ao máximo e potencializar o que já existe de forma natural.  
A liderança, nata ou não, pode e deve ser trabalhada e desenvolvida com a boa prática de acompanhamento do Coaching. A identificação dos gaps de competências e comportamentos improdutivos conduzirão a uma série de técnicas e exercícios os quais contribuirão definitivamente para uma liderança segura e eficaz.
No caso do nosso craque Neymar, não posso afirmar com certeza, se a única razão do seu desequilíbrio se deveu exclusivamente a sua pouca idade, mas arrisco dizer que a missão de assumir a faixa de capitão foi um peso muito maior do que ele podia aguentar nessa fase da vida.
O resultado veio, para muitos isso é só o que importa independente do rastro de devastação que ficou para trás. No futebol isso pode prevalecer, mas no mundo empresarial corporativo, não se sustenta.

Parabéns ao feito inédito de toda a equipe Brasileira. Agora também podemos nos orgulhar do ouro olímpico no futebol.  

 Mais sobre esse tema você pode encontrar entrando em contato comigo em

 Email: laudio@coachinglifeline.com 
Cel: 011 942998729
Telefone 011 50510399
www.coachinglifeline.com.br 


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