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sexta-feira, 17 de novembro de 2017

A HUMANOTECNOLOGIA


  • Hei, acorda aí ô! Mais cedo ou mais tarde a tecnologia vai bater na sua porta.
  • Ai meu Deus, tô ferrado, isso quer dizer que vou perder?
  • Pode ser que sim, mas... Se você se der conta disso já e começar a fazer algo a respeito imediatamente, ela poderá ser um fator de alavancagem pra você.

A TECNOLOGIA DE TUDO
Caminhamos a passos largos para um reino dominado pelo prefixo / sufixo “tecnologia”: tecnologia da informação, biotecnologia, tecnologia genética, nanotecnologia, tecnologia automotiva, tecnologia da comunicação, tecnologia da produção e etc. Se olharmos para o passado veremos que ele está lotado de exemplos de rupturas nas atividades profissionais e meios de subsistência. No início só tínhamos as plantas e as sementes como fontes de energia e o corpo humano como a única alternativa de força motriz. Hoje, olhamos a nossa volta e temos até dificuldade de imaginar como teria sido a vida naquela época. O fato é que depois de tantas revoluções: Cognitiva (humana), Agrícola, Industrial, Cibernética (computadores / automação), estamos de volta a revolução Cognitiva, só que desta vez o que está engatinhando e falando “gugu dadá” não são os humanos e sim as máquinas.
No início, haviam muitos humanos: Neanderthal, Erectus e várias outras espécies, mas somente o sapiens sapiens foi capaz de desenvolver uma habilidade soberana a qual nos trouxe ao topo – A COGNIÇÃO. Após dar cabo à concorrência, passamos a reinar soberanos como a única espécie da categoria. Mas isso foi a muitos anos e muita, mas muita água passou por de baixo dessa ponte. Bom agora, estamos no limiar de uma nova era. Sofisticamos tanto nossa habilidade cognitiva que acabamos por criar equipamentos que não se restringem mais às programações e ordens do seu criador mas começam a adquirir a capacidade interagir, obter informações e aprender autonomamente novos conhecimentos.  

  • Espera um pouco, então quer dizer que ferrou grandão. Estamos nas mãos dos robôs!
  • Calma, isso não é assim. Estamos claramente no início de um processo que veio pra ficar mas muito longe da extinção da espécie humana (pelo menos pelas mãos dos robôs). Ainda temos uma poderosa arma a nosso favor.
  • O que?
  • A nossa INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.


O ALGORITMO DO OVO FRITO
Antes de partir para a emoção, precisamos entender o que seria esse tal de “algoritmo. Não se fala em outra coisa hoje. Me parece ser o grande poder das máquinas - processar algoritmos. Mas que treco é esse? Bem, na busca do entendimento, me facilitou muito pegar a palavra e separa-la em duas “algo” e “ritmo”, quer dizer, o ritmo de fazer algo, ou os passos e a cadência de se fazer qualquer tarefa, muito simples ou muito complexa. Pense no algoritmo para se obter um ovo frito:
  1. Obter o ovo, sal, óleo, frigideira e fogo
  2. Acender o fogo
  3. Aquecer um fio de óleo na frigideira
  4. Abrir uma fissura na casca do ovo
  5. Enfiar os polegares na fissura separando a casca em duas partes sobre a frigideira
  6. Fritar o ovo até o ponto desejado adicionando uma pitada de sal a seu gosto
  7. Pronto, tarefa concluída

De forma simples, criei o algoritmo do ovo frito.

  • Mas espera aí, isso é a receita do ovo frito
  • Sim, de maneira bem simplista, algoritmos são receitas. Eles são associados a mecanismos e dispositivos elétricos, eletrônicos e mecânicos para a execução da tarefa. É como o seu cérebro fosse o processador do algoritmo, e seu corpo físico os mecanismos e dispositivos de execução no caso do singelo ovinho frito.
  • Então o algoritmo não é um privilégio da máquina.
  • Claro que não, fazemos isso desde muitos anos atrás. Nos tornamos o que somos hoje graças ao sofisticado desenvolvimento da habilidade cognitiva de processar algoritmos em nossos cérebros.


O CÉREBRO COMPUTADOR
A ciência está longe de compreender o funcionamento do cérebro humano, mas pelo jeito não tardará a hora em que ouviremos no noticiário a respeito do total mapeamento das funções e dos mecanismos cerebrais. Depois da corrida espacial para o encontro com a lua, a pesquisa no campo da neurociência é o que vem agitando cientistas e drenando grandes somas dos cofres das grandes potências. Por ora, o que sabemos, também de maneira bem simplista, é que 86 bilhões de neurônios trabalham em meio a um punhado de reações químicas e descargas elétricas as quais resultam em conhecimento, decisões e ações.

  • Bom mas isso é a parte racional (objetiva) do negócio. Onde entram os sentimentos tais como a tristeza, alegria, raiva, gratidão, desprezo, empatia, compaixão e etc...?
  • Aí estamos falando da EMOÇÃO o que seria a parte subjetiva do processo.


O QUE MOVE AS PESSOAS?
A emoção é na verdade o tempero da vida e vem a ser o contraponto da razão. Convivemos diariamente com a velha batalha entre razão e emoção. Estes dois polos pressupõem, equivocadamente, alternativas excludentes. O que efetivamente move as pessoas a razão ou a emoção? De fato, algumas pessoas agem aparentemente pela razão de forma sistemática, outras impulsivamente pela emoção. Apesar de todo o desenvolvimento e sofisticação da inteligência humana, e por mais que insistamos em nos desvincular disso, não passamos de uma espécie animal. A camada mais primitiva do nosso cérebro, chamada reptiliana, não nos deixa esquecer isso. Lutar ou fugir, a regra básica da sobrevivência. Ganhar todas, estar acima de tudo e de todos são características inevitavelmente presentes a nossa essência.
Padrões de comportamentos nocivos, reações improdutivas estão normalmente ligadas a impulsividade (camada reptiliana do cérebro). Se estamos diante de uma ameaça intimidadora, como ter que defender nosso ponto de vista diante de um interlocutor indiferente ou com argumentos contrários, não raro passamos do ponto do equilíbrio e nos deixamos levar pela ansiedade de vencer a discussão aumentando o tom de voz ou usando argumentos impróprios ofensivos. Ao contrário, quando pré-avaliamos a inutilidade da tentativa, evitamos então o confronto batendo em retirada. Esse seria então o lado negativo da emoção. O lado que nos coloca em desvantagem diante da competição com outros seres humanos mais preparados ou da futura ameaça das máquinas humanizadas. No entanto essa habilidade única de se emocionar, quando bem utilizada, pode se transformar no maior diferencial a favor dos humanos. Para que isso aconteça, a emoção deve ser então trabalhada com inteligência. Isso de pronto nos levará ao nosso próximo e principal tópico – INTELIGÊNCIA EMOCIONAL.

INTELIGÊNCIA EMOCIONAL – O DIFERENCIAL HUMANO
Existe uma vasta literatura sobre o assunto, mas o mais famoso escritor a respeito do tema é o Psicólogo Norte Americano Daniel Goleman. Goleman deu contornos a matéria e a subdividiu em 5 tópicos: Autoconsciência, Auto-Gestão, Automotivação, Empatia e Habilidade Social. Todos temos uma familiaridade maior com a medição do índice de inteligência humana, popularmente chamado de QI (quociente de inteligência). Havia no passado uma supervalorização das pessoas que possuíam QIs elevados. Com o tempo fomos nos conscientizando que não adianta possuir um belo QI quando não se pode usa-lo no seu máximo potencial. Ficou provado então que existia uma outra variável com grande influência na possibilidade de se obter sucesso. Esta, seria ligada ao poder de se usar a inteligentemente nossas emoções. Nasce então um segundo fator a ser medido e intencionalmente administrado – A INTELIGÊNCIA EMOCIONAL (IE).
Resumidamente, IE é a habilidade de reconhecer, controlar e entender o que nossas próprias emoções nos dizem. Ser inteligente emocionalmente quer dizer também ser capaz de reconhecer as necessidades e desejos emocionais de outras pessoas e responder a elas apropriadamente. De maneira simples significa autoconhecimento e habilidades interpessoais.
IE é extremamente necessária para construir sua credibilidade, criar seu senso de identidade e eficácia ao lidar com problemas que envolvem outras pessoas, cooperando e participando produtivamente de um grupo de trabalho.
Trabalhando com IE você será capaz de superar conflitos sem importância focando prioritariamente nos interesses do grupo. Enfrentar de maneira eficiente conflitos mais sérios e crescer junto com o aprendizado que as dificuldades possibilitam.
Benefícios mais evidentes da IE
  • Melhora na performance individual
  • Maior satisfação no trabalho
  • União do time
  • Melhora o rendimento do time (rapidez e eficiência)

IE pode parecer uma aptidão nata de cada um mas a boa notícia é que estudos já comprovaram que você pode (e deve) se desenvolver, com muito sucesso, nas competências afins.

CONCLUSÃO
Mais do que nunca, estamos diante de um enorme desafio. Desafio esse que transcende os limites da humanidade. A tecnologia vem hábil e rapidamente rompendo barreiras, antes consideradas intransponíveis. Nós, humanos, precisamos ter a leitura correta do que está acontecendo e ao contrario de uma inútil resistência, precisamos canalizar nossas energias para encontrar meios de somar ao arsenal tecnológico. Adicionar o componente único encontrado nas pessoas humanas ao poder computacional. Reconhecer, dominar e utilizar o dom da emoção com a máxima inteligência para construção de um mundo melhor.  

DIAGRAMA DA IE


Fontes de inspiração e informação:
Livro - Inteligência Emocional, Daniel Goleman
Livro – Sapiens – Uma breve história da humanidade, Yuval Noah Harari
Portal “Mind Tools”

Se você comprou essa ideia, venha desenvolver sua IE comigo. A primeira sessão é cortesia.






Coaching - Uma outra abordagem para o Sucesso!

5 comentários:

  1. Agradeço pela excelente informação. Seu texto demonstra que não há oposição entre sensibilidade e razão. Podemos pensar também que o paradigma do mundo moderno, a eficiência, deve considerar a sensibilidade, do contrário tudo pode perder sentido. Abraço, velho amigo.

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    1. Eu me sinto prestigiado com o seu comentário. Um forte abraço meu querido amigo, irmão e guru

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  2. Quero agradecer de coração por teres aceitado o convite!
    Agradeço e parabenizo pela alegria, entusiasmo e o brilho que acrescentou ao nosso evento "Semana da Educação para a Vida".
    A palestra foi um sucesso e com certeza fez toda a diferença na nossa vida e de nossos alunos que participaram.
    Tanto pelo alto nível de profissionalismo quanto ao tema abordado, um verdadeiro convite à reflexão na vida pessoal e profissional para a retomada do entusiasmo na realização de mudanças necessárias ao novo contexto atual.

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  3. Excelente reflexão. É comum não acreditarmos no poder das emoções em nossas vidas e acabarmos negligenciando seu desenvolvimento.
    Obrigado pelo texto e um forte abraço

    Giovani Oliveira

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    1. Exatamente isso. É é exatamente a emoção que move o mundo. Muito obrigado pelo comentário. Forte abraço

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